O Plano Nacional de Banda Larga pretende levar internet de alta velocidade para todos os brasileiros, fazendo com que qualquer um tenha acesso ao conteúdo que se espalha pela web sem precisar pagar preços exorbitantes. Porém, algumas mudanças ainda são necessárias para que o programa realmente funcione.
Uma delas foi trazida pela própria Presidente da República. Dilma Rousseff alterou a velocidade de conexão antes oferecida pelo programa: agora, em vez de 600 Kbps, deve ser de 1 Mbps. A exigência é que as empresas de telecomunicações ofereçam a nova velocidade pelo preço anteriormente acordado de R$ 35 (ou R$ 29,80 nos estados com isenção de ICMS para o pacote), conforme reportagem do jornal Folha de São Paulo.
Dilma orientou Paulo Bernardo (Ministro das Comunicações) sobre a mudança, com a justificativa de que o plano original está atrasado, ainda mais se comparado com o restante do mundo. Além disso, a Presidente avisou que as operadoras devem se adaptar à demanda e investir em infraestrutura, para que consigam suprir os pedidos da Banda Larga Popular.
Dilma em seu primeiro pronunciamento (Fonte da imagem: Wikipédia)
Ainda é pouco
Apesar do aumento da conexão, o PNBL ainda traz pouca velocidade em relação aos outros países. O Brasil conta com uma banda larga pior do que a do Cazaquistão, ficando em 76º lugar quando se trata de velocidade de conexão rápida, segundo um estudo realizado pela Ookla.
A empresa de consultoria recolheu dados de 168 países, mostrando que o Brasil possui internet com velocidade média de 4,79 Mbps. Para se ter uma ideia, o primeiro lugar da lista é da Coreia do Sul, com velocidade de 37,05 Mbps.
Locais contemplados e corte de verbas
Além disso, o projeto inicial da Banda Larga Popular teve que ser revisto, uma vez que nem mesmo todos os estados estavam inclusos inicialmente. Roraima e Amapá, por exemplo, não eram citados em 2009, mas devem ser contemplados nas próximas revisões.
Logo do PNBL (Fonte da imagem: Ministério das Comunicações)
Outra complicação do projeto aconteceu na semana passada, quando a Telebrás, gestora do PNBL, cortou o orçamento inicial proposto de 1 bilhão para 600 milhões (pelo período de dois anos, com acesso a 1.163 cidades). Uma das justificativas é que os editais resultaram em preços menores do que o esperado, permitindo a redução.
Apesar da promessa de acelerar o Plano, feito pela presidente em seu primeiro pronunciamento, a banda larga ainda deve demorar um pouco a chegar ao consumidor final. Em maio, uma nova revisão do Plano Geral de Metas deve ser realizada, trazendo um novo capítulo para quem está aguardando por uma internet barata e de qualidade.