Você já percebeu ao pegar um DVD gravável a indicação “DVD-R” e, em outros casos, “DVD+R”? Sabia que estes formatos têm diferenças entre si?
Não se trata apenas de uma questão de escrita. É o que vamos esclarecer para você neste artigo.
Antes de começar, vamos apenas recapitular e esclarecer algo que ainda pode gerar dúvidas: os formatos R e RW.
A letra R é a indicação da palavra recordable, que significa gravável, em inglês. São mídias que só podem ser gravadas uma única vez, ou seja, não podem ter o conteúdo modificado após a gravação.
Já as letras RW indicam a palavra rewritable, que significa regravável. Ou seja, essas mídias podem ser gravadas, apagadas e gravadas novamente por várias vezes. No entanto, é preciso prestar bastante atenção: alguns discos têm a inscrição “RW”, mas se trata da logomarca da “DVD+RW Alliance”, um grupo de empresas que define as especificações do formato. Você também vai saber mais sobre esse grupo neste artigo.
Esclarecido isso, vamos agora desvendar os mistérios de “menos” e “mais” DVD.
Surgimento dos formatos
O DVD “menos” foi criado pela empresa Pioneer em 1997 e é aprovado pelo DVD Forum, organização que visa padronizar os formatos para DVD. Hoje, a organização conta com dezenas de membros, entre eles IBM, Intel, LG, Mitsubishi, NVIDIA e Philips.
Devido à importância de muitas empresas que fazem parte do DVD Forum e também pelo fato de ter sido criado primeiro, o formato é suportado extensamente. Ele é anunciado como compatível com mais de 90% dos players comuns.
Já o DVD “mais” foi criado em 2002 por outra união de empresas que agora é conhecida como DVD+RW Alliance, com apoio de empresas como Philips, Dell, HP e Microsoft.
No entanto, a Sony teve grande destaque e foi a empresa mais atuante na aliança.
Curiosamente, o formato regravável (+RW) foi criado antes do gravável (+R), daí o nome da aliança.
As diferenças
De uma maneira geral, o formato DVD+R/DVD+RW oferece funcionalidades extras e benefícios para o público geral que grava as mídias em casa. Mas são especificidades técnicas difíceis de serem notadas claramente por todos. Como, por exemplo, um sistema de controle de leitura que deixa o disco menos suscetível a erros quando lido em altas velocidades.
Resumidamente: um DVD+ é mais rápido e robusto tanto para gravação (incluindo modo multissessão) quanto para leitura. Robusto inclusive na hora da queda, pois ele aguenta até mesmo quando batido “de quina”. Claro, não adianta forçar a barra com o disco. Ele também suporta temperaturas muito maiores e até mesmo luzes fortes.
Um disco desse tipo não precisa ser finalizado. Assim ele é ejetado instantaneamente quando a gravação é concluída. Ele também pode ter uma parte gravada em um computador e outra em um gravador para TV.
Outro recurso que deixa a gravação mais dinâmica com um DVD+: ao mesmo tempo em que o disco é formatado, você pode gravar nas partes que já estão formatadas. Discos DVD+ também contam com edição aprimorada para nomes de arquivos, títulos de filmes e músicas, além de listas de execução também.
Em relação à gravação de discos de dupla camada (Dual Layer), os DVD+ também tem uma vantagem. O layer break (ou seja, ponto onde termina a leitura de uma camada e começa a da outra) pode ser definido pelo usuário. No caso de um DVD-, esse ponto é fixo.
Por esses benefícios — sutis, mas eficientes —, um DVD+ costuma ser mais caro que um DVD- e os fabricantes costumam oferecer garantia maior para os primeiros.
Compatibilidade de aparelhos
A verdade é que há certa competição entre os formatos. O DVD Forum não aprovou o DVD+ e não o considerava oficial até 2008. Até alguns anos, gravadores e tocadores eram mais compatíveis com o formato DVD-. Por isso, pela maior compatibilidade, era o formato favorito de distribuidores.
Hoje, praticamente todos os gravadores modernos suportam tanto DVD+ quanto DVD-, mas gravadores mais antigos, das primeiras gerações, não. O mesmo serve para tocadores. A dica é sempre prestar atenção às especificações do aparelho para saber quais formatos ele suporta.
Até 2003, gravadores eram bastante restritos a um ou poucos formatos, até que a Sony lançou um gravador multiformato, chamado Combo Drive ou DVD-Multi. Hoje, gravadores desse tipo estão muito mais comuns.
Imagem: Divulglação/LG
Espere... Há ainda outros formatos
Além de DVD-R, DVD-RW, DVD+R e DVD+RW, há ainda outros formatos. Isso acontece como simples consequência da indústria. Os fabricantes elaboram padrões e então há uma espécie de “guerra” entre eles até que um formato se consolide como padrão.
Antes os usuários só podiam colocar o disco no leitor e assistir. Com a possibilidade da gravação, os discos evoluíram.
O DVD-ROM foi o primeiro formato disponibilizado somente para leitura. Já o DVD-RAM é um formato cuja aplicação se assemelha bastante a um disco-rígido. É semelhante a um disco regravável, porém pode ser gravado muitas vezes mais. Por isso, tem aplicação mais profissional do que doméstica. Necessita de gravadores e reprodutores próprios.
Uma empresa alemã desenvolveu o formato DVD-D, que tem funcionamento curioso: ele simplesmente tem duração limitada. Depois que o tempo designado expira, o disco torna-se inutilizado graças a uma camada que começa a se deteriorar quando exposta ao ar.
É uma opção, por exemplo, para locadoras. Assim, além de proteger os direitos autorais, quem pega emprestado nem precisa se preocupar em devolver. O site do fabricante, FDD Technologies, afirma que tanto o disco quanto a capa podem ser reciclados.
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Esperamos ter ajudado você com mais essa explicação. Até a próxima leitura.