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As Doenças Sexualmente Transmissíveis são consideradas atualmente o principal fator de facilitação da transmissão do HIV, o vírus da aids. Por esse motivo, o atendimento adequado dos portadores de DST e de seus parceiros sexuais é, além de uma atividade assistencial da maior relevância, uma das mais importantes ações de prevenção primária da transmissão do HIV.
A principal estratégia estabelecida para o controle das DST, e consequentemente do HIV, no Brasil, é a disponibilização de serviços assistenciais acessíveis e resolutivos para portadores de DST. O primeiro passo para o alcance desse objetivo é o treinamento dos profissionais de saúde, para que possam fazer um atendimento adequado de todos os portadores de DST, entendendo-se por atendimento adequado: pronto atendimento, diagnóstico sindrômico, coleta de material para a realização do diagnóstico etiológico, tratamento imediato, aconselhamento, orientação, promoção e entrega de preservativos, oferecimento de teste anti-HIV, agendamento do retorno, oferecimento de consulta para parceiro(a), notificação do caso.
Com o objetivo de municiar os profissionais responsáveis por ensino, capacitação, treinamento ou aprimoramento em DST com imagens de casos clínicos das DST mais comuns em nosso País, a Coordenação Nacional de DST e Aids edita este conjunto de diapositivos acompanhados de um roteiro contendo as principais características do quadro clínico, a identificação da patologia, ou patologias, com sua fase evolutiva, e alguns comentários que julgamos pertinentes e dignos de serem ressaltados, no momento da sua apresentação.
Diapositivos de Doenças Sexualmente Transmissíveis
. Infecção por HPV - Condiloma Acuminado
Condilomatose em vulva: condiloma gigante em vulva, o qual apesar de muito grande, estava pediculado no períneo.
1. Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em pênis: lesão única, bem definida; fundo limpo; bordas elevadas. Geralmente indolor.
2. Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em pênis: lesão única bem definida, fundo limpo. Mesmo estando frente a lesões típicas, não deve ser esquecida a possibilidade de estar ocorrendo um caso atípico de outra DST ulcerativa ou mesmo de associações entre elas.
3. Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Úlcera em períneo: lesão única no períneo. Quando se observa lesão inicial, primária, na mulher, é a vulva a mais acometida. Não é rara a ocorrência de lesão primária, indolor, na parede ou fundo de saco vaginal.
4. Sífilis Recente (secundária) - Fase exantemática
Manchas em pele de tronco (Roséolas): em indivíduos de pele branca, as roséolas tendem a ser bem mais avermelhadas.
5. Sífilis Recente (secundária) – Fase exantemática
Roséolas palmares e plantares: lesões exantemáticas em pele do corpo, acompanhadas dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos pés, são patognomônicas de sífilis (secundarismo).
6. Sífilis Recente (secundária)
Roséolas em boca e face: geralmente, as lesões exantemáticas da pele, apesar de serem habitadas pelo Treponema pallidun, não são usualmente infectantes. Contudo, nas semi-mucosas ou mucosas (como nos lábios), o potencial de infectividade é mais alto.
7. Sífilis Recente (secundária)
Lesões papulosas em pênis (Sifílides papulosas): essas lesões são também denominadas de condiloma plano (não confundir com o condiloma acuminado). São extremamente infectantes. São lesões úmidas e apresentam odor ativo.
8. Sífilis Recente (secundária)
Lesão papulosa em lábio superior: pode parecer lesão de Cancro Duro. Contudo nesses casos, geralmente o paciente apresenta roséolas em pele de tronco.
9. Sífilis Recente (fase final do secundarismo)
Alopécia sifilítica: alopécia em clareira que desaparece após o tratamento da Sífilis. Notar também rarefação do terço distal de sobrancelha (sinal de Fournier)
10. Sífilis Tardia (terciária)
Goma sifilítica: lesões nodulares que sofrem processo de degeneração. Significam reação de hipersensibilidade ao Treponema, não sendo infectantes, portanto. Atravessam cinco fases: infiltração, amolecimento, supuração, ulceração e cicatrização.
11. Sífilis Congênita Precoce
Recém-nascido com sífilis: recém-nascido com hepatoesplenomegalia, lesões cutâneo-mucosas, coriza serosangüinolenta, icterícia.
12.Cancro Mole
Úlceras em pênis: lesões múltiplas ulceradas. Com freqüência, dor local acompanha o quadro clínico.
13. Cancro Mole
Úlcera em vulva: admite-se que ocorra um caso de Cancro Mole em mulher para vinte casos em homens.
14. Cancro Mole com adenopatia inguinal supurada
Úlcera em pênis e adenopatia supurada em orifício único: em cerca de 50% dos casos, pode ocorrer adenopatia satélite, unilateral, dolorosa, inflamatória que, quando fistuliza, rompe-se em orifício único.
15. Cancro Mole
Úlcera em prepúcio e úlcera em face interna de coxa: observar que as lesões do Cancro Mole, também conhecido como cavalo, são auto-inoculantes. O pênis, encostado na coxa inoculou a doença nessa região.
16. Cancro Misto de Rollet: Sífilis e Cancro Mole
Úlcera em pênis: ocorre em 2 a 5% dos casos. As lesões tendem a apresentar características de ambas doenças. É importante citar que as patologias foram adquiridas em épocas diferentes, pois os períodos de incubação são distintos: Sífilis, 21 a 30 dias; e Cancro Mole, 2 a 5 dias.
17. Linfogranuloma Venéreo (LGV) ou Doença de Nicolas-Favres ou "mula"
Úlcera em pênis e Adenopatia inguinal: observar o fato raríssimo de ocorrer o bubão inguinal, juntamente com o cancro de inoculação. As áreas brancas não são DST, mas apenas vitiligo. A lesão inicial está localizada em sulco bálano-prepucial.
18. Linfogranuloma Venéreo - Fase aguda
Adenomegalia inguinal: o LGV, geralmente, causa a maior das massas inguinais, quase sempre única, dolorosa, na qual jamais deve ser feita drenagem cirúrgica e sim a punção para aspiração do material purulento, com agulha de grosso calibre, o que alivia a dor. Quando ocorre fistulização, esta se dá em múltiplos orifícios: sinal do "bico de regador".
19. Linfogranuloma Venéreo - Síndrome genito-retal: Fase crônica
Edema e fístulas em vulva: estiomene ou elefantíase genital associada a fístulas e ulcerações. Pode ocorrer estenose de reto em decorrência do comprometimento das cadeias ganglionares para-retais.
20. Donovanose ou Granuloma Inguinal
Lesões ulceradas em vulva e períneo: lesões ulceradas de evolução longa. Para o diagnóstico de Donovanose, deve-se pesquisar os corpúsculos de Donovan por meio de citologia de esfregaço das lesões ou biópsias. Colher material de bordas e centro das lesões evitando áreas necrosadas.
21. Donovanose ou Granuloma Inguinal
Lesão ulcerada em vulva, períneo e região peri-anal: esta paciente chegou na maternidade em trabalho de parto expulsivo, apresentando extensa lesão causada por Donovanose de longa evolução. Havia feito cinco consultas de pré-natal, sem receber orientação ou tratamento.
22. Donovanose ou Granuloma Inguinal
Úlcera em pênis: lesões de Donovanose ativa em pênis
23. Donovanose ou Granuloma Inguinal
Extensa úlcera em pênis: extensa lesão de Donovanose em pênis com importante área de destruição de tecidos.
24. Herpes Genital
Lesões vesiculosas em pênis: observar as típicas vesículas de Herpes Genital.
25. Herpes Genital
Lesões exulceradas em pênis: bordas hiperemiadas. Em vários casos, os pacientes chegam no ambulatório com lesões exulceradas e com história de já ter em apresentado o mesmo quadro anteriormente.
26 .Herpes Genital
Lesões vesiculosas em períneo: observar as típicas vesículas de Herpes Genital.
27. Herpes Genital
Lesões exulceradas em pequenos lábios: lesões exulceradas em face interna de pequenos lábios de vulva. Em vários casos, os pacientes chegam no ambulatório com lesões exulceradas e história de repetição.
28. Herpes Genital
Extensa vulvite herpética: a primo-infecção do Herpes Genital é, geralmente, mais intensa que as recorrências. Nesse caso, as lesões praticamente tomaram toda a região genital, provocando intensa dor e retenção urinária, com impedimento até para a deambulação.
29. Uretrite gonocócica aguda
Secreção uretral: secreção uretral amarelo-esverdeada acompanhada com freqüência de ardência e dor à micção.
30. Uretrite gonocócica aguda e Balanopostite
Secreção uretral: edema de prepúcio. Destacar o pronunciado edema no prepúcio e intensa secreção acumulada entre a glande e o prepúcio.
31. Uretrite gonocócica e Sífilis (Cancro Duro)
Secreção uretral e úlcera em prepúcio: observar a secreção purulenta acompanhada do Cancro Duro no prepúcio.
32. Uretrite não gonocócica (UNG)
Secreção uretral: as uretrites não gonocócicas, assim como as cervicites não gonocócicas, são menos sintomáticas que as gonocócicas. Na maioria das vezes são causadas pela clamídia. Não é raro o achado de infecção mista (gonorréia e clamídia) em casos como este.
33. Gonorréia Aguda: Cervicite e Vulvovaginite
Secreção purulenta em vulva: quadros como este de secreção purulenta abundante, devida exclusivamente à infecção gonocócica, são raros.
34. Gonorréia e infecção por clamídia
Endocervicite purulenta: ectrópio visto à colposcopia. Notar muco cervical turvo junto, com grande eversão (mucosa endocervical que se exterioriza para a ectocérvix)
35. Gonorréia aguda
Endocervicite purulenta: observar a intensa secreção purulenta que sai do canal endocervical. Quando não detectada a tempo, a infecção sobe atingindo a cavidade pélvica, provocando a Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
36. Gonorréia e síndrome uretral aguda
Secreção uretral feminina: além da secreção amarelada que aflora do meato uretral a paciente apresenta ainda vaginite. Nestes casos, pensar sempre em gonococo e/ou clamídia e/ou micoplasma.
37. Gonorréia complicada. Bartholinite aguda
Abscesso em vulva: abcesso em grande lábio direito de vulva causada por obstrução das glândulas de Bartholin devido à infecção por gonococos
38. Gonorréia complicada. Epididimite
Edema em testículo: bolsa escrotal com volume aumentado. A possibilidade de infecção conjunta por clamídia deve ser sempre lembrada.
39. Gonorréia extragenital
Artrite em joelho: líquido amarelado sendo extraído de joelho acometido por artrite gonocócica. Admite-se que seja a Neisseria gonorrhoeae o agente etiológico mais freqüente em casos de artrite infecciosa em adultos jovens sexualmente ativos.
40. Gonorréia extragenital
Artrite em dedo médio: artrite gonocócica em dedo médio.
41. Conjuntivite gonocócica
Secreção conjuntival purulenta: tanto a clamídia quanto o gonococo podem causar oftalmias; em adultos geralmente por auto-inoculação e em recém-nascidos por contaminação na passagem pelo canal do parto infectado. A aplicação do colírio de nitrato de prata (técnica de Credè) é obrigatória em todas as maternidades.
42. Candidíase
Secreção branca e grumosa em vagina: exame ao espéculo, evidenciando secreção branca, em grumos aderentes às paredes da vagina e fundo de saco.
43. Candidíase. Balanopostite
Eritema e placas grumosas brancas em glande e prepúcio. Balanopostite fúngica em parceiro de uma paciente com Candidíase vulvovaginal. Fatores ligados à higiene pessoal influenciam casos como este.
44. Vaginose Bacteriana
Volumosa secreção homogênea em intróito vaginal e vulva Notar secreção homogênea em vulva sem hiperemia.
45. Tricomoníase
Secreção branco acinzentada em vulva. Secreção branco-acinzentada exteriorizando-se na vulva
46. Tricomoníase
Secreção branca, bolhosa; hiperemia da mucosa vaginal. Colposcopia evidenciando secreção com grande quantidade de bolhas e epitélio vaginal hiperemiado
47. Infecção por HPV (papilomavírus humano): Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes verrucosas em pênis: observar que as lesões são verrucosas, multifocais, com aparência de crista de galo ou couve-flor.
48. Infecção por HPV - Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes em vulva: é fundamental examinar toda a área genital, anal e oral, para a identificação de todas as lesões. Lembrar sempre da associação entre infecção pelo HPV e câncer de colo uterino.
49. Infecção por HPV - Condiloma Acuminado
Condilomatose em vulva: condiloma gigante em vulva, o qual apesar de muito grande, estava pediculado no períneo.
50. Infecção por HPV - Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes em borda anal: condiloma acuminado em borda anal.